Branca, Branca
Branca, Branca – Blanche, Blanche
Letra : Manuela de Freitas
Música : Alfredo Duarte (Fado Cravo)
Tradução : Jean-Charles Rosa
A deriva pela estrada / A la dérive sur la route
Muito branca e embalada / Très blanche et emballée
Na cadência dos seus passos / Sur la cadence de ses pas
Vai uma sombra cansada / Suit une ombre fatiguée
Tão branca, sem dizer nada / Si blanche, sans rien dire
Com um fantasma nos braços / Avec un fantôme dans les bras
Cheia de medo e de frio / Pleine de peur et de froid
Entrou no salão vazio / Elle est entrée dans le salon vide
Do palácio abandonado / Du palais abandonné
O grande tecto ruiu / Le grand toit s’est écroulé
O candelabro caiu / Le candélabre est tombé
Em chamas, o cortinado / Les rideaux en flammes
No palácio destruído / Dans le palais détruit
Ficou, no vitral partido / Est resté, dans le vitrail cassé
Uma sombra a ver-se ao espelho / Une ombre se mirant au miroir
E no chão enegrecido / Et sur le sol noirâtre
Um fantasma adormecido / Un fantôme endormi
Sobre o tapete vermelho / Sur le tapis rouge
Da terra, em volta, queimada / Sur la terre, autour, brûlée
Nasce uma rosa encarnada / Nait une rose rouge
Que ao passar, o vento arranca / Arrachée par le vent en passant
Pelo vento desfolhada / Par le vent défeuillée
Desfaz-se, branca, na estrada / Elle se défait, Blanche, sur la route
Branca, branca, ah! Tão branca / Blanche, blanche, ah! Si blanche